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domingo, 21 de agosto de 2011

Colégio Monsenhor José de Anchieta Callou, Caetés-PE


Estou gostando muito desta nova atividade: blogueira!! E aproveitando a empolgação vou relembrar os tempos em que eu pegava o ônibus da Prefeitura de Caetés todos os dias na porta de casa para trabalhar.
Em 2002, formada e entrando no curso de especialização, pedi demissão do Educandário Santa Terezinha e por indicação do amigo Suétene Rocha fui convidada para trabalhar nesta escola que era enorme, quase 1.500 alunos se não me falha a memória. Era um momento de muita incerteza, sem emprego fixo, nenhum concurso à vista, mas a esperança tinha nome Luiz Inácio Lula da Silva! Era ano de eleição e minha vida já estava em plena mudança: Fui ao Fórum Social Mundial no RS, voltei militante do PT e namorando com o meu hoje marido. Foi um ano decisivo.
Voltando a Caetés, iniciei meu trabalho com algumas turmas de 5ª a 8ª série do ensino fundamental, ensinando História e Geografia. Era maravilhosa a sensação de ter um contracheque e receber salário certinho todo mês e fui me apegando cada vez mais a este emprego. Os pontos negativos eram muitos, mas não falarei de politicagens e mau caratismo aqui, então o bom mesmo era está em contato com uma turma de jovens da zona rural que procurava naquela escola o remédio para suas vidas permeadas de sofrimento. As melhores recordações são todas dos meus ex-alunos que sempre me trataram com muito carinho e respeito e acredito que nunca encontrei isso em nenhum outro lugar. Pensava: eles estão indo cada vez menos pra São Paulo atrás de oportunidades, pois tem esperanças de encontra-las aqui e eu era um dos muitos canais. Sentia-me grata. Passei cinco anos da minha vida me dedicando a este trabalho, com medo de perdê-lo e sonhando em fazer e passar num concurso público.
A cada ano minha carga horária aumentava e tinha dias que eu chegava as 13 e saia as 22 horas. Desenvolvi muitos projetos e o mais marcante foi a Semana da Consciência Negra, a África está em nós, onde todo o Ensino Médio e o curso de Normal Médio expuseram trabalhos de pesquisa e cultura para toda a comunidade, culminando com palestras e uma grande festa na quadra esportiva da escola. Foi ali, aos "tranco e barrancos" que aprendi a importância de ser professora, a conviver com muitas pessoas que fazem um verdadeiro (de)serviço na educação deste país e que em meio a todas estas dificuldades muitos alunos conseguiram melhorar suas vidas, entrando na faculdade e se destacando através da educação oferecida naquela escola por alguns poucos profissionais comprometidos e que merecem todo o respeito e carinho. São várias lembranças que não cabem em um só post. Até breve!
P.S. Coloquei uma foto da internet, pois queria mostrar a frente da Escola. Depois coloco minhas fotos.

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