
Sempre achei lindo o nome deste lugar e realmente eu fui muito feliz ali. Em meados de 2006 meu irmão Alexandre foi ensinar na Escola General Costa e Silva (espero que o nome da escola seja esse, pois não consigo lembrar-me destes detalhes... sei que é o nome de um ex-presidente militar, acho que é por isso que eu resolvi esquecer!!KKKKK), viu logo de cara que não queria ser professor e como eu estava trabalhando no município era uma "queimação de filme" pedir um emprego para meu irmão, ele abandonar e eu não fazer nada, então resolvi assumir também as aulas no período da tarde na zona rural de Caetés.
A equipe de professores era maravilhosa e logo me entrosei com todos, desde a merendeira até a direção de Carme Lúcia. Os alunos eram excelentes e o meu tratamento ali era VIP. O carinho era transmitido em forma de abraços, cartinhas, e presentes diversos como um bom pedaço de queijo coalho, macaxeira, feijão de corda... mainha agradecia por tabela. Mas o motivo de serem excelente não era só por isso: a grande maioria eram filhos e filhas de agricultores que precisavam ajudar os pais para sobreviver, mas conciliavam as atividades da roça com a escola e aproveitavam (na medida do possível) o que aquela pequenina instituição tinha a oferecer. Muitos eram revoltados com a condição de vida que tinham, queriam sair dali, outros eram passivos e outros tantos tinham aquele brilho nos olhos que somente o professor sabe traduzir. Pessoas muito especias pra mim! Quanto aos colegas de trabalho, sinto muita saudades dos papos com Nêga, Giselda, Ivoneide, Cris e Carmem. Era mais chegada a elas e nem sei quantas vezes me ajudaram oferecendo apoio, atenção e até a própria casa para eu poder ficar um tempinho até começar as aulas da noite. Não esqueço dos bolos de noiva de Giselda, da NOIVA Ivoneide, dos bifes deliciosos e conselhos magníficos de Nega, do carinho de Carmem e da meiguice de Ana Cristina.
Passei um ano e alguns meses lá, tempo suficiente para realizar um sonho que se transformou em dois: passei no concurso da Prefeitura de Garanhuns e do Governo do Estado de Pernambuco e fui chamada! Eu estava em estado de graça e quando comuniquei a minha saída da escola foi muito triste. Na verdade foi uma misto de alegria e tristeza pra mim, pois no último dia de aula eu ganhei uma surpresa tão grande que chorei por mais de uma hora sem parar. Todos os alunos se reuniram fora da escola com um carro de mensagens, flores, abraços e lágrimas mas quero terminar este texto com um "Ponto Alegre".
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